Um dia de viagem até ao reino dos Algarves para ver a Briosa perder mais uma vez não é de todo agradável. Em termos de logística, era assim:
- Domingo 08H00 da manhã
- Sede da Mancha Negra
- 29 Ultras
- 1 Bus
- Uma enorme fé de conseguir ir buscar 3 pontos ao Algarve
- 15 Grades de cerveja
- 17 Kg de carne
Com tudo isto, parecia estar encontrado o caminho para uma excelente viagem, viagem essa que tinha de incluir uma vitória da Académica, ou pelo menos, um jogo com honra e garra, o que não aconteceu.
Chegados a Olhão, deparamo-nos com um estádio miserável, sem as mínimas condições para acolher um jogo do principal escalão. Sinceramente, não percebi qual era o fim das revistas à entrada, uma vez que dentro do recinto só faltavam pistolas. Desde parafusos, pregos, ferros de andaimes, ferros das bancadas cortados a discos de rebarbadeira, nada faltava em abundância. Isto a completar as excelentes casas de banho, que eram grandes e espaçosas como se exigia para um jogo destes. Ahh, e também tem torneiras em abundância e as excelentes entradas/saídas das bancadas. Enfim, só mesmo visto.
Mesmo perante este cenário, tinhamos a esperança do bom resultado, o que não veio a acontecer. A jogar em superioridade numérica durante quase todo o jogo, a Académica não foi capaz de arrancar pelo menos um empate. Inadmissível, e começamos a ficar numa posição algo delicada.
Na viagem de regresso, restou-nos discutir a actual situação, e afogar as mágoas na cerveja.
No próximo Domingo, recebemos o Belenenses, num jogo que se torna fulcral vencer. Vamos todos ao estádio!
Ainda em jeito de reflexão para os senhores que aprovaram o estádio José Arcanjo, fica este vídeo que mostra bem as deficiências existentes na infra-estrutura, onde um apanha bolas que desmaiou em pleno relvado, demorou longos segundos a ser avacuado, por culpa das grades (andaimes deitados) ali existentes.
"Autocarro escuro"
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