segunda-feira, 5 de maio de 2008

Academica 1-1 Naval



Num encontro marcado pela animosidade durante a semana, troca de acusações várias e muito folclore à mistura, nada disso acabou por transparecer nas quatro linhas e o que se viu foi uma partida típica de final de época, com pouca vontade de ambas as partes em arrebatar os três pontos. Costuma-se dizer que a necessidade aguça o engenho; neste caso, dada a pouca necessidade para ambos os lados, o engenho, decididamente, foi o que mais faltou.



Os dados que ficam desta partida vão para o facto de a tradição se manter, isto é, a Académica continua incapaz de bater em casa os seus rivais da Figueira, que, ainda por cima, tiveram o desplante de impedir Pedro Roma de chegar a um número redondo (400) em termos de minutos sem sofrer golos.

Ainda assim, a Briosa continua a alimentar a sua melhor fase da época, já não perdem há cinco jornadas, mas em Coimbra continua sem vencer há mais de dois meses, logrando neste domingo o quinto empate consecutivo. Já para os navalistas, o empate não deixa de ser um resultado positivo, até porque lhes permite recuperar o 11º lugar na classificação (à condição) e superar, como é objectivo do clube, a melhor classificação da equipa na Liga, um 12º lugar, na última época.

A toada preguiçosa, sobretudo da Académica, depressa de esfumou com o golo forasteiro. Sem que o justificasse propriamente, a Naval colocou-se na frente do marcador: Diego Ângelo aproveitou uma falha de marcação num canto e fuzilou Pedro Roma, num lance clássico dos figueirenses para o qual os estudantes já deveriam estar avisados. O fantasma dos velhos erros que parecia enterrado há algumas semanas voltava, assim, a pairar sobre o estádio Cidade de Coimbra.

A partir daqui, os donos da casa procuraram reagir mas apenas Lito mostrava um nível perto do habitual. Era pouco para incomodar verdadeiramente Taborda e nem a entrada de Edgar alterou grande coisa.

Domingos resolveu mexer também tacticamente e meteu a equipa a jogar em 4x3x3 na segunda parte, para tentar ganhar velocidade pelas alas. A equipa melhorou um pouco e prova disso foi o golo de Lito, que restabeleceu a igualdade.

O problema foi o que se seguiu. Á medida que o sol ia surgindo entre as nuvens, a vontade dos jogadores pareceu esvair-se e a única excepção foi para mais um lance de bola parada da Naval, quando Mário Sérgio acertou na trave da baliza de Pedro Roma.


in, Academica em Dia 85

Fotos: Rafa